Primeiro de Maio

O dia 1 de Maio, com antigas raízes pagãs na tradição europeia, celebrando a Primavera, comemora o Massacre de Haymarket em Chicago em 1886 que ocorreu na sequência do lançamento e explosão de uma bomba de dinamite para a polícia que dispersava uma manifestação durante uma greve geral exigindo a jornada de trabalho de 8 horas. Como resposta a polícia abriu fogo contra a multidão tendo morrido dezenas de manifestantes e vários polícias.
Esse dia foi celebrado nos anos seguintes em honra dos “mártires de Haymarket” até que em 1904 a Conferência Socialista Internacional reunida em Amsterdão apelou a todos os partidos e movimentos sociais-democratas e sindicatos de todos os países para usarem esse dia promovendo manifestações pela imposição legal da jornada de 8 horas de trabalho, pelas reivindicações de classe do proletariado e pela paz universal. Ao longo do século XX as classes trabalhadores ambicionaram fazer deste dia um feriado legal e obrigatório e foram, em geral, bem sucedidas. Curiosamente, nos Estados Unidos da América, o Labour Day não é a 1 de Maio, um dia normal de trabalho, mas na primeira segunda-feira de Setembro.
O papa Pio XII, em 1955, dedicou o dia 1 de Maio a S. José operário.
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Proponho que usemos este dia para pensar no significado do trabalho, não como ocasião de relação antagonista entre classes, mas como destino construtivo da nossa humanidade. Desse modo, é menos difícil entender o drama humano do desemprego, não apenas na dificuldade inerente à sobrevivência económica pessoal, familiar e social, mas, sobretudo, à desumanização da pessoa inactiva.
Ao mesmo tempo, com todos os que têm a graça de poder trabalhar, apreciemos a proposta construtiva que todos os dia é feita à nossa liberdade:
Pedro Aguiar Pinto

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