O que tem Santa Catarina de Sena a dizer-nos 600 anos depois?

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A semana em que calha o dia 25 de Abril é sempre ocasião de balanços que não se fazem no resto do ano.
José Manuel Fernandes chama a atenção para a pretensão daqueles que se acham donos da data e, por conseguinte, com direito a serem donos de todos nós. É uma questão de deixarmos!
As dificuldades económicas são motivo de desespero para muitos. Não obrigatoriamente. Serão, se os deixarmos!
José Pacheco Pereira retrata um país “…desiludido, revoltado, deprimido, sem esperança, nem sentido, que, ou cai na mais completa anomia e submissão, ou esbraceja sem sentido contra tudo e contra todos. E a grande tragédia da política democrática é que essas pessoas estão sós, não contam com ninguém a não ser com os restos que ainda subsistem de genuína solidariedade social, e do que sobra da família, estilhaçada pela engenharia "fracturante" das últimas décadas”. Estas pessoas ficam sós … se as deixarmos!
As políticas fracturantes são também consequência do egoísmo da sociedade moderna. São importações irreflectidas dos países que são modernaços numas coisas, mas noutras não, revelando um provincianismo que nos envergonha. Se os deixarmos!
Santa Catarina de Sena, uma mulher analfabeta na confusão da Europa do século XIV – maior ainda do que a de hoje – não deixou que as circunstâncias catastróficas levassem a melhor!
O que podemos fazer para não os deixar? Podemos fazer crescer a nossa autoconsciência, não apenas num balanço da semana do 25 de Abril, mas de todos os dias; construindo um povo que não se deixa levar. Não é uma tarefa de líderes, mas de cada um.
Os primeiros passos são tímidos e, se calhar, inconsequentes, ou melhor, não têm consequências imediatamente visíveis.
Por exemplo, quero querer que há muitos mais do que 2762 portugueses que se identificam com a petição Defender o Futuro. Peço-vos um último esforço que acorde os vossos amigos e conhecidos. Divulguem como puderem para que chegue a muitos mais.


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